Depoimento de Marc Schaffel


“Michael costumava ficar na minha casa em Calabasas com frequência. Grace, a babá de seus filhos e os guarda-costas iam com ele, ajeitavam tudo e em seguida iam embora e Michael, sozinho ou com as crianças, ficava lá por dias.

Michael adorava caminhar até o Commons, um grande shopping cheio de restaurantes, teatros e lojas que ficava pouco abaixo da rua da minha casa. Ele usava disfarces, mas não do tipo que chamaria a atenção para si. Nada de véu ou máscara cirúrgica, apenas um boné de beisebol que ele usava com o cabelo escondido e óculos escuros.

Parte da razão pela qual dava certo era que ninguém esperava ver Michael Jackson em um lugar como aquele. Ele ia a pé ao cinema sozinho, andava por todos os lados sozinho. Ele adorava poder fazer isso.

A minha lembrança favorita dele em casa, foi a ocasião em que ele saiu no quintal e eu vi Michael com a cabeça escondida entre os arbustos que marcavam o limite da propriedade. Os vizinhos abaixo de minha casa estavam fazendo a festa de aniversário de um de seus filhos, e Michael estava bisbilhotando por entre os arbustos. 

De repente, eu ouvi alguns gritos de criança: 

‘Ei, mamãe, olhe, é o Michael Jackson!’ 

E Michael se afastava dos arbustos como uma criança que está em apuros. Eu ouço o garoto dizendo de novo à mãe que era o Michael Jackson. Então vou até lá e olho pelo arbusto, e a mãe diz: ‘Ah, não, é só o nosso vizinho, Marc’. 

Michael riu durante uma hora depois.”

Marc Schaffel (cinegrafista no rancho Neveland e atual marido de Debbie Rowe)

Fonte: Page Um Rei que usava Chapéu / Facebook